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Tribunal do Júri julga acusado de marcar encontro para matar adolescente em Teresina; foto de vítima com arma na cabeça circulou nas redes sociais

O acusado tornou-se alvo de investigação após ter sido citado por Joyce Ellen, de 16 anos, também assassinada na época, em um vídeo em que aparece gravando a própria cova.

A 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, realiza julgamento de Igor Rodrigues de Sousa, conhecido como Lucas Ryan, nesta terça-feira (7). O homem é suspeito de assassinar Gizele Vitória Silva Sampaio, em março de 2021.

Os restos mortais de Gizele Vitória Silva Sampaio, de 17 anos, foram encontrados em uma cova próximo ao dique do Rio Poti na região do bairro Mocambinho, na Zona Norte de Teresina, em maio de 2021. O caso ganhou repercussão após a família da jovem reportar seu desaparecimento.

Imagens que mostravam Gizele com uma arma apontada para a cabeça e em uma cova rasa foram divulgadas nas redes sociais.

Durante o julgamento, Igor Rodrigues afirmou não ter sido o responsável pelo assassinato. Em depoimento, o homem destacou que apesar de ter marcado um encontro com Gizele através das redes sociais e a esperado próximo a sua residência no dia do desaparecimento, não encontrou a adolescente na data. A defesa alega a inocência do jovem.

Igor tornou-se alvo de investigação após ter sido citado por Joyce Ellen, de 16 anos, também assassinada na época, em um vídeo em que aparece gravando a própria cova. Nas imagens, a adolescente é questionada sobre o paradeiro de Gizele e aponta o suspeito, conhecido como Lucas Ryan, como o responsável.

Segundo o Ministério Público do Piauí (MPPI), o acusado, a cada interrogatório, apresenta uma versão diferente do crime. Primeiramente ele disse que não conhecia a vítima, depois alegou ter marcado um encontro com ela no dia do crime, mas disse que ela não apareceu.

Contudo, testemunhas afirmam que a última vez que a jovem foi vista com vida estava entrando no carro de Igor. Além disso, a arma que aparece apontada para Gisele em uma foto (disponível no início desta reportagem) foi encontrada em outra foto publicada por Igor. Foi possível identificar a arma porque as duas fotos mostram a numeração da pistola.

Duas semanas após o crime, conforme as provas no processo, Igor viajou para o Rio de Janeiro, e só foi localizado após rastreio do seu telefone celular, para cumprimento do seu mandado de prisão, dois anos e um mês após o crime. A defesa explicou que até então o acusado não havia sido intimado sobre o caso.

De acordo com o MP, o crime foi motivado por briga entre facções rivais. A facção da qual o acusado fazia parte decretou a morte de Gizele ao saber que a jovem se relacionou com um membro de uma facção e, depois, se envolveu com Igor, que seria de uma facção rival.

Um fato curioso chamou a atenção: o e-mail registrado na rede social de Igor tinha em seu nome de usuário o termo “psicopata“, além de número que faz referência ao grupo criminoso do qual ele faz parte.

Caso Sereia

Cova encontrada com ossada humana em Teresina — Foto: Reprodução/WhatsApp

Cova encontrada com ossada humana em Teresina — Foto: Reprodução/WhatsApp

Os restos mortais de Gizele Vitória Silva Sampaio, de 17 anos, conhecida como Sereia, foram encontrados em uma cova próximo ao dique do Rio Poti na região do bairro Mocambinho, na Zona Norte de Teresina, em maio de 2021.

A adolescente havia desaparecido no dia 8 de março, em Teresina. Em uma das últimas mensagens que enviou à família, pediu para ver o filho, de 2 anos, e disse que seria morta.


 Fonte: Sthefany Prado*, g1 PI


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