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Segundo turno das eleições é marcado por duelos entre candidatos de Lula e Bolsonaro

REUTERS

SÃO PAULO (Reuters) – Eleitores voltam às urnas neste domingo para eleger em segundo turno os prefeitos de 51 cidades, sendo 15 capitais, com destaque para algumas disputas onde a votação decisiva colocará frente à frente candidatos apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O PL, partido do ex-presidente, terá representantes no segundo turno em nove capitais, enquanto o PT, de Lula, vai à rodada decisiva em quatro. Em duas delas, Cuiabá e Fortaleza, haverá confronto direto entre candidatos dos partido do atual e do ex-presidente, com as pesquisas apontando disputa apertada em ambas.

Além disso, o duelo entre Lula e Bolsonaro se dará também em capitais mesmo sem candidatos do PT ou do PL, como em São Paulo, onde o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro, enfrentará o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), apoiado entusiasticamente por Lula.

De acordo com as pesquisas, Nunes deverá vencer a disputa na maior cidade do país.

Lula, que colocou na capital paulista seu maior empenho na eleição municipal deste ano, foi forçado a desistir de seu último evento de campanha com Boulos, no sábado, após sofrer um acidente doméstico no final de semana passado — uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada.

Outra capital em que haverá duelo entre apoiados por Lula e Bolsonaro é Belo Horizonte, onde o bolsonarista de primeira hora Bruno Engler (PL), que venceu o primeiro turno, enfrentará o atual prefeito, Fuad Noman (PSD).

Pelo que sinalizam as pesquisas, Engler deve sofrer a virada de Noman, que passou a ter o apoio de Lula no segundo turno depois que o candidato petista, Rogerio Correia, foi derrotado no primeiro turno da disputa.

Em Porto Alegre, o candidato alinhado ao bolsonarismo Sebastião Melo (MDB) enfrentará como amplo favorito a candidata petista Maria do Rosário.

Entre as capitais onde haverá confronto direto PL versus PT, Fortaleza deve ter, segundo as sondagens de intenção de voto, uma disputa acirrada entre o bolsonarista André Fernandes e o petista Evandro Leitão.

Em Cuiabá, que também terá um duelo direto PL x PT, o candidato da legenda de Bolsonaro, Abílio Brunini, também aparece em uma disputa voto a voto com o petista Lúdio Cabral.

No primeiro turno, o partido de Bolsonaro elegeu 523 prefeitos, sendo dois deles em capitais — JHC, em Maceió, e Tião Bocalom, em Rio Branco –, ao passo que o PT fez 251 prefeituras, nenhuma em capitais.

No entanto, os partidos que compõem o chamado centrão foram os grande vencedores da primeira rodada de votação em 5 de outubro, o que os coloca, mais uma vez, em posição privilegiada para fazer uma grande bancada de deputados federais na eleição de 2026.

O PSD, de Gilberto Kassab, foi o que mais elegeu prefeitos, com 888, acabando com uma hegemonia histórica do MDB, que ficou em segundo, com 861. Em seguida vieram PP, com 752 prefeituras, e União Brasil, com 589. Somadas, essas quatro legendas controlam mais da metade dos mais de 5.500 municípios brasileiros.


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