Política

“Se me chamasse teria explicado”, diz Carlos Augusto sobre projeto vetado por governadora

O deputado estadual Carlos Augusto (MDB), autor do Projeto de Lei vetado pela governadora Regina Sousa (PT), que facilita o porte de armas a caçadores, atiradores esportivos, colecionadores de armas integrantes de entidades de desporto legalmente constituídas, os chamados CACs, disse nesta sexta-feira (17) que se a governadora o tivesse chamado ao Palácio de Karnak tinha explicado do que realmente se tratava a matéria. Para o parlamentar, que é da base do governo, o veto foi um equívoco do Executivo.

“Se ela me chamasse eu teria explicado. Nenhuma dificuldade. Ou o assessor dela, mas ele não teve dúvida e colocou algo que não tinha nada a ver com o meu projeto. Recebo com naturalidade”, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde.

O deputado, que foi comandante geral da Polícia Militar, disse que seu projeto não trata da aquisição de armas ou material bélico, e sim torna as três categorias citadas como atividade de risco.

“Antes desse projeto nós tivemos uma ocorrência em Teresina, onde alguém se deslocando para o clube de tiro, se depara com as forças de segurança e são confundidas por causa da arma de fogo. Se associa logo à violência e são conduzidos aos distritos. Há uma série de questionamentos sobre isso. Reunimos o comando da PM, Secretário de Segurança, delegado geral e fizemos lá um POP, que é o Procedimento Operacional Padrão. Tem em todos os estados. O projeto é para reconhecer as três modalidades como atividade de risco. Só quem concede porte de arma é a Polícia Federal”, explicou.

O deputado afirmou que compreende o momento de discussão ideológica sobre o uso de armas, só que o conteúdo da justificativa do veto não se refere ao seu projeto. “Fui comandante geral da PM e identifico nos CACs pessoas de bem. Eu vi o parecer e acredito realmente ter tido um equívoco. Para ser CAC tem um pré-requisito”, declarou.

Carlos Augusto ressaltou que não vai tentar derrubar o veto, no entanto, acredita no posicionamento dos colegas deputados.

“Quem sou eu para tentar derrubar o veto da governadora. Eu penso diferente e quero mostrar isso. E se for para derrubar o veto, já sabe que meu voto é no sentido de aprovar o meu projeto. É o entendimento dos meus pares e espero que eles compreendam. Se não compreenderem, dê licença, estou tentando fazer meu papel de parlamentar”, finalizou.

Hérlon Moraes/Cidade Verde

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