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Paralimpíadas 2024: piauienses encerram participação com medalhas e feitos inéditos

Luís Carlos Cardoso e Keyla Barros faturam medalhas e ampliam conquistas do Piauí em Paralimpíadas; Rayssa Veras não conquistou medalha, mas ganhou experiência olímpica.

Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 encerraram neste domingo (8) com a melhor participação brasileira da história! Foram 89 medalhas – com 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes – que renderam ao Brasil um inédito 5º lugar geral no quadro de medalhas. E dentre as conquistas, duas medalhas foram garantidas por dois dos três piauienses que disputaram as Paralimpíadas. O Portal O Dia traz paras você um balanço da participação dos atletas locais no evento esportivo. Confira!

Keyla Barros

Na primeira participação, uma medalha de bronze! Keyla conquistou, no Stade de France, a medalha na prova dos 1500 metros classe T20 (deficiência intelectual) dos Jogos Paralímpicos de Paris (França). Ela completou a prova com o tempo de 4min29s40 para ficar com o terceiro lugar. Além de estrear em Paralimpíadas já medalhando, Keyla se tornou a única mulher piauiense a ter uma medalha paralímpica.

Nas redes sociais, Keyla comemorou a primeira medalha paralímpica da carreira, exaltou as raízes nordestinas e lembrou da avó. A piauiense exibiu uma foto durante a comemoração pela conquista.

Como foi incrível representar meu país nos Jogos Paralímpicos de Paris e contribuir com a medalha de bronze na melhor campanha brasileira paralímpica!

Keyla BarrosMedalhista de Bronze em Paris 2024
Keyla Barros conquista bronze em Paris - (Reprodução / CPB)
Reprodução / CPB/Keyla Barros conquista bronze em Paris 
Luís Carlos Cardoso

O mais experiente dos piauienses que disputaram os Jogos Paralímpicos 2024 não poderia passar em branco. Luís Carlos Cardoso faturou a prata em Paris e repetiu o feito de Tóquio 2020, quando conquistou também uma medalha de prata. Luís ficou em segundo na canoagem KL1 200 metros (atletas que usam pernas, braços e troncos durante prova em caiaque). O brasileiro encerrou a distância em 46s42. O ouro ficou com o húngaro Peter Kiss (44s55), enquanto o bronze foi garantido pelo francês Remmy Boulle (47s01).

O pódio da prova foi igual ao dos Jogos de Tóquio, com o francês Remy Boulle em terceiro, e o húngaro Peter Kiss na primeira posição. Ao comemorar a prata, o paracanoísta piauiense exaltou a importância da conquista e disse querer buscar o ouro em Los Angeles 2028, acenando para a participação em mais um ciclo olímpico.

Estou muito feliz por ter conquistado esta medalha. Claro, eu queria o ouro, mas meu adversário é muito forte. Vou dar o meu melhor para conseguir a medalha nas próximas Paralimpíadas, mas isso será o culminar de muito trabalho. Eu me esforcei muito para conseguir essa medalha

Luís Carlos CardosoMedalhista de Prata em Paris 2024
 Luís Carlos Cardoso faturou a prata em Paris e repetiu o feito de Tóquio 2020 - (Reprodução/Instagram)
Reprodução/Instagram/Luís Carlos Cardoso faturou a prata em Paris e repetiu o feito de Tóquio 2020
Rayssa Veras

Na Esgrima em cadeira de rodas, o Piauí foi representado por Rayssa Veras. A atleta disputou provas individuais e por equipes, no Sabre e na Espada. Porém não avançou de fase e não subiu ao pódio em Paris. Porém, a primeira participação rendeu experiência paralímpica para a atleta, que afirmou ter dado o melhor de si em Paris.

Encerro minha participação individual na minha primeira paralimpiada! Estou muito feliz de dizer que vim aqui e fiz o melhor que eu podia. Agradeço muito todo o amor que vocês me deram, palavras de apoio, torcida… Não fiquei muito nas redes, pois estava focada, mas vi todas as mensagens

Rayssa VerasEsgrimista

Primeira participação rendeu experiência paralímpica para Rayssa Veras. - (Reprodução / Redes Sociais)
Reprodução / Redes Sociais/Primeira participação rendeu experiência paralímpica para Rayssa Veras. 
Resultado geral da delegação brasileira foi positivo, avalia CPB

 Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, o resultado em Paris é positivo e é uma consequência do planejamento estratégico anunciado em 2017 e de uma mudança de rumo na estratégia da entidade. “Esse plano foi uma bússola ao longo dos últimos oito anos e nos guiou até aqui. Ele traz a inclusão para o centro do nosso propósito. A gente deixa de fazer a inclusão pela repercussão e passamos a tê-la em nossa missão. Mudamos a lógica do desenvolvimento esportivo. Passamos a ir até as pessoas, criamos o Festival Paralímpico, a Escolinha Paralímpica, o Camping Escolar [que reúne os destaques da Paralimpíada Escolar para um período de treinos em alto rendimento]”, afirmou Mizael em entrevista coletiva concedida neste domingo (8) na Casa Brasil Paralímpico, em Saint-Ouen, cidade vizinha a Paris.

“Criamos o caminho do atleta, que parte da escolinha e que pode culminar em um pódio como aqui em Paris. Perdemos dois anos do ciclo por conta da pandemia [de COVID], caso contrário, teríamos mais jovens oriundos desses programas. Com os resultados dos projetos de formação, os resultados serão ainda melhores”, emendou o presidente do CPB.


Fonte: André dos Santos/Portal o Dia


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