Padre acusado de engravidar jovem não nega relacionamento e é afastado
A Diocese de Campo Maior decidiu pela permanência de sua desvinculação de qualquer atividade pastoral. O sacerdote nega a tese das gravidezes e abortos.
A Diocese de Campo Maior divulgou uma nota de esclarecimento na tarde deste sábado (24), acerca do caso envolvendo o Padre Alcindo Saraiva Martins, acusado de engravidar uma jovem por duas vezes, o que gerou dois possíveis abortos, sendo um deles por sugestão do próprio religioso.
De acordo com o comunicado, o sacerdote não nega o envolvimento com a jovem, porém contestou a tese de gravidez e aborto. A nota esclarece ainda que a jovem entregou a Dom Francisco de Assis, bispo diocesano, uma carta escrita e assinada por ela, afirmando que nunca esteve grávida, e que, consequentemente, não houve aborto. Na carta, ela ainda afirma ter usado a gravidez como argumento para continuar mantendo uma relação com o sacerdote.
“Considerando as graves denúncias, o atentado ao sexto mandamento e que não houve atentado à vida, o bispo diocesano determinou por meio de decreto a suspensão das funções do sacerdote como pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, ficando ele proibido do uso de ordens em todo o território diocesano. O decreto ainda determinou a obrigação do padre em realizar um tirocínio espiritual extra muro de pelo menos 15 dias, a apresentação do seu cronograma de acompanhamento terapêutico sob o enfoque da psicoterapia do equilíbrio emocional, a perda de suas funções como padre referencial para o Setor Juvenil da diocese, a perda da função de instrutor de disciplina acadêmica no Seminário Propedêutico Diocesano, a suspensão do ofício de chanceler, e que ficasse proibido de falar sobre o assunto”, diz trecho do posicionamento.