Política

Pacheco cobra retratação de Lula; Aziz questiona o silêncio do Senado sobre Gaza

O senador Omar Aziz (PSD-AM), filho de um palestino, questionou Pacheco, sobre a falta de posicionamento sobre a situação em Gaza.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), solicitou, durante a sessão nesta terça-feira (20), uma retratação do presidente Lula (PT) por suas declarações comparando o genocídio promovido por Israel contra a população de Gaza ao Holocausto.

“Estamos certos de que essa fala equivocada não representa o verdadeiro propósito do presidente Lula, que é um líder global conhecido por estabelecer diálogos e pontes entre as nações, motivo pelo qual entendemos que uma retratação dessa fala seria adequada”, afirmou Pacheco durante seu pronunciamento no plenário.

Após a afirmação do presidente da Casa, o senador Omar Aziz (PSD-AM), filho de um palestino, questionou Pacheco, sobre a falta de posicionamento sobre a situação em Gaza ao ressaltar que 30 mil civis foram massacrados pelas Forças de Defesa Israelenses, incluindo crianças e mulheres.

“Vossa excelência poderia me tipificar o que está acontecendo lá, com a morte de 10 mil crianças e mulheres, e até agora, quantos terroristas do Hamas foram mortos ou presos pelo Estado de Israel?”, questionou Aziz, que também fez referência ao encontro do ex-presidente Jair Bolsonaro com a deputada Beatrix von Storch, líder da ultradireita alemã, em 2021, e destacou a diferença entre as posturas dos dois líderes políticos.

“Não tem que se comparar, realmente, com o Holocausto, é impossível. O presidente Lula nunca abraçou deputada nazista neta de ministro. E a direita quietinha”, disse Aziz.

A fala de Lula durante evento da Cúpula da União Africana, ocorrida no fim de semana, gerou mal-estar entre líderes. Na ocasião, o presidente comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Após o comentário, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro destacou que Lula envergonha o país com as comparações. “As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”. “Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha”.

O governo de Israel anunciou oficialmente, na segunda-feira (19), que o presidente brasileiro é considerado “persona non grata” no país.

Via Meio Norte


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