No Piauí, Eduardo Leite reage a Doria e questiona filiações ao PSDB
Em passagem por Teresina nesta sexta-feira (29), o governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato a presidente, Eduardo Leite (PSDB), classificou como lamentável as declarações dadas pelo também pré-candidato João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa realizada em Dubai, nos Emirados Árabes recentemente.
Na ocasião, o governador de São Paulo subiu o tom e acusou Eduardo Leite de estar “chorando” e tentando manchar o processo de prévias no partido. A reação do paulista aconteceu devido a uma acusação feita por diretórios de quatro estados de que 92 prefeitos e vice-prefeitos do PSDB de São Paulo foram filiados ao partido depois da data estipulada.
Durante o evento no qual busca apoio de membros no Piauí, Eduardo Leite foi questionado sobre e respondeu em tom contundente:
“É um episódio lamentável, mas a decisão tomada demonstra que as provas são muito fortes e espero que sejam tomadas as devidas providências. Não tem choro, não tem tentativa de manchar nada. Pelo contrário, democracia é o império das regras do jogo para que possamos conviver entre as diferenças. Não chamo isso de choro, chamo de ética”, pontuou.
Eduardo Leite defendeu que existem provas robustas de que houve fraude no processo de filiação dos gestores paulistas. Para ele, a ação que foi impetrada na Executiva é natural para o processo democrático e chamou a reação de João Doria de “bate-boca”.
“Os indícios são muito fortes de que há fraude nessa data em que houve essas filiações, tanto é que o presidente suspendeu liminarmente a possibilidade de votação deles nessas prévias”, completou.
“Eu lamento que se suba o tom, estamos jogando dentro das regras do campo democrático. Há uma representação, a representação é apreciada, é feito o julgamento dessa apreciação. Não é para ficar em bate-boca político”, acrescentou.
Encontro em Teresina
Nesta tarde, Eduardo Leite veio a Teresina acompanhado do senador Tasso Jereissati (PSDB) em pré-campanha, a fim de obter apoio dos tucanos do Piauí. Na capital, ele foi recebido por tucanos históricos, como o pré-candidato ao governo Silvio Mendes e os ex-secretários Kleber Montezuma, Charles da Silveira e Francisco Canindé, além do deputado Marden Menezes e do presidente do PSDB no estado, Luciano Nunes.
Nas prévias tucanas, Eduardo Leite e João Doria tem adotado posturas contrárias, sendo o chefe do Executivo do Rio Grande do Sul considerado como um pacificador.
Nas declarações que deu em Teresina, ele afirmou aos tucanos que o grupo deve escolher como quer se apresentar no pleito eleitoral e frisou que o PSDB deve ser uma “terceira via” e não um terceiro pólo para a polarização.
A vinda do presidente nacional do partido, Bruno Araújo, também estava programada. No entanto, ele não compareceu junto à comitiva.
Por Paula Sampaio/Cidade Verde