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Neymar é absolvido em julgamento por supostas irregularidades em sua contratação pelo Barcelona

Ação movida pela DIS pedia prisão do jogador e pagamento de multa por transferência do Santos para o clube catalão, em 2013

A Justiça espanhola absolveu nesta terça-feira (13) o astro brasileiro Neymar e os demais processados pelas supostas irregularidades cometidas em sua contratação pelo FC Barcelona em 2013, seguindo o critério do Ministério Público, que retirou as acusações na reta final do julgamento que aconteceu em outubro.

“A audiência absolve Neymar e os demais processados por corrupção entre particulares e fraude”, anunciou o tribunal da audiência de Barcelona em um comunicado sobre a decisão publicada nesta terça-feira (13), que inocenta todos os acusados pelo fundo de investimentos brasileiro DIS por suposta corrupção.

A DIS, que moveu o processo, pedia, além da prisão de Neymar, o pagamento de multas milionárias. O pai do jogador e os ex-dirigentes do Barcelona Sandro Rosell e Josep Bartomeu, fora o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues, também eram alvo da ação na Justiça espanhola.

Entenda o processo movido pela DIS

Em maio de 2013, o Santos anunciava a venda de Neymar ao Barcelona, por 17,1 milhões de euros. A DIS era dona de 40% dos direitos econômicos do atacante — modalidade que era permitida na época, mas foi proibida pela Fifa em 2016 —, e recebeu 6,84 milhões de euros na negociação.

No entanto, mais tarde, o clube catalão revelou que o negócio havia custado 57 milhões de euros. Os quase 40 milhões a mais foram pagos à N&N, empresa dos pais de Neymar que gerencia a carreira do jogador. A partir daí, uma batalha na Justiça começou a se desenrolar. Nas investigações, foi constatado que, na verdade, o valor total da transação girava em torno de 86 milhões de euros.

No montante, estavam embutidos pagamentos variados, que iam desde amistosos a serem disputados entre Barcelona e Santos até acordos por preferência de jovens da base santista e entre o clube catalão e o Instituto Neymar Jr., além de direitos de imagens, luvas para o jogador e comissões para diversos agentes envolvidos no negócio. Para a DIS, tudo foi uma manobra para reduzir a fatia da empresa na transação.

Por considerar-se duplamente prejudicado, tanto por não ter recebido sua parte da transferência real quanto pelo contrato de exclusividade assinado por Neymar e o Barça — que impediu outros clubes de disputar a contratação do atacante —, o fundo DIS pedia a restituição dos 35 milhões de euros que calcula ter perdido.

Como acusação particular, o grupo pedia ainda cinco anos de prisão para o jogador, Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu (ex-mandatário do Barcelona e presidente, respectivamente), além de multas milionárias.

Fonte: AFP

 

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