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Na ONU, Brasil defende o fim da guerra na Ucrânia: “Há tempo de parar”

Embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, não assumiu um postura agressiva contra a Rússia, mas defendeu o fim dos conflitos

Durante a sessão emergencial da Assembleia Geral Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a punição de Vladimir Putin, o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, não assumiu um postura agressiva contra a Rússia, mas defendeu o fim dos conflitos.

Líderes estão reunidos no início da tarde desta segunda-feira (28/2) na sede da ONU, em Nova York. Costa Filho foi enfático: “Ainda há tempo de parar a guerra. Reiteramos nosso pedido para um cessar-fogo imediato”, frisou. O embaixador acrescentou: “Há uma intensificação rápida [dos ataques], que coloca toda a humanidade em risco”.

O diplomata brasileiro defendeu a aprovação da resolução que pune a Rússia e prevê a retirada imediata das tropas russas da Ucrânia. “Lamentamos que a minuta não tenha sido aceita. O Conselho ainda não exauriu todas as alternativas diplomáticas solução”, avaliou.

O embaixador saiu em defesa também da da Assembleia Geral da ONU de emergência “pela necessidade de dar voz para buscarmos uma solução para a crise dentro e ao redor da Ucrânia”. Ele alertou que o que está acontecendo na Ucrânia pode se alastrar pelo mundo.

“Precisamos de medidas para nos salvar da guerra. Precisamos ser cautelosos na Assembleia. Há uma série de eventos que, se não forem contidos, nos levaram ao um contexto mais grave. Essa situação não justifica o uso de força contra a soberania”, salientou.

Costa Filho citou a carta da ONU e afirmou que os países devem fazer “tudo ao alcance” para parar e reverter a situação.

“Nosso pedido é para os líderes reavaliarem as suas decisões de ataques cibernéticos e sanções, que podem comprometer o mundo na economia e no abastecimento alimentar. Medidas podem ser implementadas sem comprometer a todos”, defendeu.

 

O embaixador expressou a gratidão aos países que facilitaram a saída das pessoas que fugiram do confronto, inclusive brasileiros. Ele finalizou. “Há a firme necessidade de buscar uma resolução do conflito na Ucrânia. Uma solução diplomática criará uma situação de segurança para todos os envolvidos no conflito”.

Quinto dia de ataques

A Ucrânia vive o quinto dia de ataques . Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão sob forte bombardeio. Civis foram alvejados pelas tropas russas.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou o momento que a Ucrânia tem vivido, com civis como alvos. “Essa situação é completamente inaceitável. Os soldados devem sair das trincheiras e os líderes buscarem a paz”, defendeu.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê a possível entrada do vizinho na organização como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Mapa regiões atacadas UcrâniaMapa ilustra os locais onde o país foi atacado

Por Metrópoles

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