Ministério confirma cinco casos de subvariante da Ômicron no Brasil
De acordo com o secretário-executivo, Rodrigo Cruz, são dois casos em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um em Santa Catarina
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, informou, neste sábado (5), que o país registra cinco casos da BA.2, subvariante da Ômicron. São dois casos em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um em Santa Catarina.
A subvariante preocupa por ser pelo menos 33% mais transmissível que a cepa original da Ômicron e por demonstrar um maior potencial de infectar pessoas já vacinadas contra o coronavírus.
Em nota, a pasta esclarece que a sublinhagem não tem impacto no diagnóstico laboratorial nem na eficácia das vacinas contra a Covid-19. “Até o momento, não existem evidências relacionadas à nova linhagem que demonstrem mudanças na transmissibilidade, quadro clínico, gravidade ou resposta vacinal”, acrescentou.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a subvariante foi detectada em pelo menos 57 países. A variante Ômicron, que se propaga e sofre mutações com rapidez, já se tornou globalmente dominante depois de ser detectada pela primeira vez no sul da África, há dez semanas.
Em seu boletim epidemiológico semanal, a OMS explica que essa variante, que representa mais de 93% de todas as amostras de coronavírus coletadas no último mês, possui diversas subvariantes: BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3.
A BA.1 e a BA.1.1 – as primeiras versões identificadas – seguem representando mais de 96% dos sequenciamentos de Ômicron incluídos no banco de dados global GISAID.
No entanto, há um aumento notável no número de casos relacionados à BA.2, que apresenta várias mutações que a diferem da versão original, principalmente na proteína spike que marca a superfície do Sars-CoV-2 e é essencial para a entrada do vírus nas células humanas.
Diante do avanço da variante no país, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu durante a manhã deste sábado (5) com a equipe do ministério para analisar a última semana epidemiológica no Brasil. “Ainda não chegamos ao pico da onda causada pela Ômicron”, postou o ministro nas redes sociais. Ele também afirmou que o enfrentamento da doença continua.
“Monitoramos a pressão sobre o sistema de saúde, em especial a ocupação de leitos de UTI. Há espaço para abertura de novos leitos, e estamos apoiando os estados sempre que necessário. A atenção primária também tem sido reforçada”, disse. “Felizmente, alguns estados já apresentam redução de casos, e esperamos que nas próximas semanas essa queda se mantenha em todo o país”, acrescentou.
Queiroga aproveitou a ocasião para incentivar a vacinação contra a Covid-19. “Se você ainda não tomou a segunda dose nem a dose de reforço, não se esqueça de completar seu esquema vacinal.”
Depois de uma semana de muito trabalho, estou com a equipe do @minsaude analisando a última semana epidemiológico do País. Tivemos aumento de casos causado pela COVID-19 e ainda não chegamos no pico da onda causada pela Ômicron. O enfrentamento contra a doença continua. pic.twitter.com/w4VENxLWxK
— Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) February 5, 2022
Por Yuri Achcar, da Record TV, com Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
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