Governador apresenta medidas para reabertura das atividades e pede apoio da população
O governador Wellington Dias (PT) confirmou em live nesta terça-feira (2) quais os setores de menor risco para abertura gradual das atividades econômicas no Piauí. Indústria, construção civil, comércio e agropecuária estão entre as atividades consideradas de menor risco e que deverão ser liberadas em uma primeira etapa do retorno.
O decreto de isolamento social encerra no próximo domingo, e o governo estuda reabertura de alguns setores. Veja na íntegra o plano de retomada apresentado pelo governo.
O governo do Estado anunciou ainda que o retorno das atividades ocorrerá de forma planejado para ser feito em quatro fases. Empresários, trabalhadores e clientes deverão seguir cerca de 22 protocolos específicos para cada segmento, sendo que 12 já foram definidos. O governo irá submeter as medidas para consulta pública.
Os protocolos deverão levar em consideração pontos como os grupos de risco, o controle de resíduos e a acessibilidade.Para os funcionários, por exemplo, o protocolo prevê medidas que vão desde o deslocamento ao local de trabalho até o retorno à residência.
A diretora da Vigilância Sanitária do Estado (Divisa), Tatiana Chaves, informou que para os clientes das atividades não essenciais que forem liberadas devem se planejar e estar atentos para os riscos de contaminação que ainda existem.
“Orientamos que fique em casa mas se ele (cliente) for sair que ele não tenha nenhuma delonga no que ele vai fazer”, afirmou.
Para as empresas, Tatiana Chaves também adiantou que os protocolos iniciais irão se direcionar para empresas com menos de 20 funcionários e empresas com mais de 20 funcionários. Os protocolos serão discutidos com as categorias.
“Já está disponível este protocolo para ele seguir e ele irá anexar nesse aplicativo para que a gente possa acompanhar esse trabalho pela empresa e para sabers e há aumento de pessoas adoecidas naquele local”, disse a diretora de Vigilância Sanitária.
Empresas com mais de 20 funcionários deverão incluir a Covid-19 no plano de saúde ocupacional dos trabalhadores.
O secretário estadual de Planejamento, Antônio Neto, explicou que a liberação das atividades econômicas é baseada 30% no aspecto econômico e 70% no impacto epidemiológico de cada região e território de desenvolvimento do Piauí. “Ou seja, quem vai definir é a questão da saúde”, disse o secretário.
A dinamicidade do setor, o número de empregos e a arrecadação de cada setor também é analisada para a liberação. Segundo o governo, as regiões com maior número de infectados são Entre Rios, Cocais e Planície Litorânea, localizadas no Norte do estado.
Wellington Dias iniciou a apresentação explicando os pontos que segundo ele foram fundamentais para que o estado pudesse iniciar a abertura. Ele pediu apoio da populaçao ao plano de reabertura.
“Alcançamos as condições de no domingo ter uma adesão ao isolamento social alcançamos a sétima posição nacional com 51,85. Foi um momento importante para cearmos a apresentar esse plano. Para apresentar esse pacto levamos em conta alguns dados como a taxa de transmissibilidade do coronavirsu no Piauí”, disse.
As medidas de higiene e de isolamento social forma defendidas pelo governador. Ele pede que a população continue a tomar os cuidados necessários.
‘Realizamos pesquisa por amostragem. Já estamos na quinta rodada. Mostra uma curva em que as medidas como máscara para evitar transmissão e contaminação, o ato de higiene das mãos, o distanciamento na relação com as pessoas, com o isolamento, programa busca ativa, tudo isso tem efeito especial para alcançar os objetivos, controle nas entradas do estado, tudo isso nos ajudou a chegar a esse momento”, destacou.
Queda de R$ 4 bilhões
“A previsão é de uma queda na economia de aproximadamente 7% ou mais, isso significa, para um estado como o Piauí, uma queda em toda a riqueza que construímos ao longo da história, de aproximadamente R$ 4 bilhões, é mais ou menos isso que significa a queda apontada para a economia”, afirmou Wellington Dias.
Baixa taxa de letalidade
O Piauí registrou 180 mortes por coronavírus. A letalidade no estado é uma das mais baixas do país. A taxa de letalidade também foi levada em conta para a apresentação do plano de reabertura.
“Com todas essas medidas, foi possível garantir de descobrir quem tem o vírus, levar para tratamento e ter o tratamento antecipado. De um lado uma baixa taxa de letalidade. No mundo chegou a 4.5 e no Piauí é da 3.4 de taxa de letalidade. São 180 mortes no momento. Calcular a reprodução do coronavirus na casa de 1.4. Precisamos alcançar abaixo de 1. Devemos receber na quarta nova rodada de pesquisa. Estou torcendo pela queda”, revelou.
Respiradores
O governador destacou o trabalho feito na área da saúde para a equipagem de leitos. Ele citou os novos respiradores que chegaram ao estado.
“São 170 respiradores que vão permitir a ampliação de UTIs. São 70 para Teresina. O estado trabalhando na capital e outras cidades. São 100 da Turquia e 80 vindo de São Paulo. Já recebemos 20. Isso com uma ação judicial. Temos a expectativa de receber os outros 60. E vamos ampliar os leitos de UTI na capital e no interior”, disse.
Ocupação dos leitos
Com as medidas para evitar a contaminação e a equipagem da saúde, o governo afirma que foi possível ampliar o número de leitos. Isso garantir uma redução na taxa de ocupação.
“É preciso que tenha capacidade na rede hospitalar (leitos clínicos, de UTI e sala de estabilização), reduzindo a capacidade da nossa rede que já tinha chegado a 62% e agora vai reduzir para 30% de taxa de ocupação. E tendo a curva em uma estabilização e redução da taxa de reprodução”, afirmou.
Tratamento precoce
Durante exposição, ele defendeu o tratamento precoce para evitar mortes.
“É preciso que as pessoas procurem tratamento cedo. A idade é vetor de risco, mas independentemente da idade, é preciso chegar mais cedo para tratamento. É esses estimulo. Que possamos todos procurar a rede de saúde”, comentou.
Lídia Brito e Valmir Macêdo/Cidadeverde