Em jogo de viradas, Red Bull Bragantino marca no fim e derrota São Paulo
No melhor jogo do Paulistão, com duas equipes da Série A do Campeonato Brasileiro, o São Paulo perdeu para o Red Bull Bragantino por 4 a 3, nesta quinta-feira, em Bragança Paulista.
Foi a segunda derrota seguida do time de Rogério Ceni no Paulistão. De nove pontos disputados, a equipe conquistou apenas um.
Não foi uma atuação ruim do São Paulo. O time teve uma atuação intensa, com velocidade e grande movimentação do meio para a frente. A evolução ofensiva, no entanto, não conseguiu suplantar as falhas defensivas da equipe. A lição de casa de Ceni é corrigir a desorganização da defesa.
O time de Ceni melhorou também porque algumas peças estiveram inspiradas individualmente. Uma delas foi o atacante Rigoni. Depois de uma queda de produção que coincide com a saída do técnico Hernán Crespo, ainda no ano passado, o argentino participou diretamente de dois gols.
Ceni tentou uma formação mais intensa, como ele mesmo disse no início do jogo. A intenção foi colocar mais juventude e energia para encarar uma equipe bem entrosada. Por isso, ele escalou um meio-campo com Sara, Nestor e Talles Costa. Nikão e Rafinha começaram no banco.
O time conseguiu ser intenso, mas não resolveu os problemas na saída de bola, problema recorrente desde o ano passado. Explorando essa deficiência, o Bragantino abriu o placar aos 11 minutos. Após falha do zagueiro Miranda, Artur roubou e tocou no canto de Volpi.
Um ponto de evolução em relação aos jogos iniciais foi a movimentação e o dinamismo. Os são-paulinos estavam a fim de jogo e isso estava claro quando Sara e Alisson invertiam as posições. Ou quando Rigoni abria espaços para a entrada dos volantes na área.
Sempre rondando o gol rival, o São Paulo conseguiu empatar aos 24. Após cobrança de escanteio, Miranda desviou e Alison empatou Foi o primeiro gol do reforço que chegou do Grêmio, um símbolo da maneira como vem aproveitando bem as oportunidades no novo clube.
Embora mostrasse evolução do meio para a frente, a ponto de buscar o empate, o time continuou falhando na defesa. Aos 40 minutos, Hyoran conseguiu dar uma assistência de cabeça para Alerrando finalizar no canto. Dessa vez, a falha não foi individual, mas coletiva e de posicionamento, dos volantes e zagueiros.
O São Paulo voltou diferente para o segundo tempo, ainda mais agressivo e objetivo. Foi aí que Rigoni começou a fazer a diferença. Ele tentou um chute de fora da área, algo difícil de ser visto no futebol brasileiro. No rebote, com 1 minuto, Igor Vinicius empata.
O empate mudou o comportamento do São Paulo no jogo. Foi como se os jogadores finalmente acreditassem que era possível vencer depois de estar atrás no placar duas vezes.
O time conseguiu segurar a bola no campo de ataque, buscando mais triangulações e impediu as transições do Bragantino, um dos grandes diferenciais do time do interior.
E, de novo, Rigoni brilhou. O argentino mostrou como é importante transformar um cruzamento em um passe, não basta só jogar a bola na área. Foi assim que deu assistência perfeita para Calleri fazer um gol de centroavante, ao se antecipar ao zagueiro.
Se Rigoni, pelo lado do São Paulo, teve grande atuação individual, Hyoran respondeu pelo Bragantino. O gol de empate foi um belo chute da entrada da área, no ângulo: 3 a 3.
Em dois jogos, o meia contratado do Atlético-MG completou seu segundo gol. No final, aos 41, ele foi novamente decisivo ao cruzar para Gabriel Novaes virar o placar novamente. O gol fez Ceni coçar a cabeça de preocupação.
Fonte: Estadão Conteúdo
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