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CBF abre caminho para nova eleição após convocar assembleia sobre Caboclo

A CBF convocou nesta quarta-feira (16) a assembleia geral para apreciar e decidir se referenda ou não a segunda condenação imposta pela Comissão de Ética do Futebol Brasileiro ao presidente afastado, Rogério Caboclo.

O órgão composto pelas 27 federações estaduais vai se reunir no dia 24 e terá em mãos a sanção de 20 meses aplicada ao cartola em novembro, em decorrência de um processo de assédio moral. A denúncia original foi feita pelo diretor de tecnologia da informação da CBF, Fernando França.

A punição do segundo processo se une aos outros 21 meses de afastamento decretados e já referendados pela assembleia, após um processo por assédio moral e sexual movido por uma funcionária da CBF. Somadas, as penas chegam a 41 meses.

A assembleia geral do dia 24 é um rito importante porque, em caso de aceite da condenação, o entendimento da diretoria, à luz do estatuto, é que haverá vacância completa no cargo de presidente, já que a pena vai extrapolar abril de 2023, que é quando o mandato de Rogério Caboclo se encerra -ele foi eleito em 2018 e tomou posse em 2019.

Atualmente não há clima político nos bastidores da CBF capaz de trazer um placar que seja diferente de 27 a 0, assim como na primeira assembleia, a favor da punição da Comissão de Ética. Sendo assim, o passo seguinte é a convocação de uma nova eleição para preenchimento dessa lacuna até abril de 2023.

E nesse pleito só os atuais vice-presidentes poderão ser candidatos.

O atual presidente em exercício, Ednaldo Rodrigues, é um dos postulantes à cadeira. Estatutariamente, podem concorrer ao cargo Gustavo Feijó, Fernando Sarney, Castellar Neto, Marcus Vicente, Francisco Novelletto, Antonio Aquino Lopes e o coronel Nunes.

Pela idade, Nunes é o vice mais velho da CBF, mas pode não assumir por questões de saúde. Assim, o período eleitoral teria o comando de Aquino Lopes, conhecido como Tuniquim e presidente da FFAC (Federação de Futebol do Acre) desde 1984.

A convocação da assembleia demorou mais tempo do que muitos dirigentes de federações e da CBF estimavam. A leitura de alguns é que Ednaldo Rodrigues não estava com tanta pressa assim de passar o bastão.

O dirigente baiano, por sua vez, argumentou questões relacionadas à pandemia para postergar a convocação da reunião presencial, no Rio. Em dezembro, a ideia era convocar a assembleia em janeiro. Mas o começo do ano veio com um surto de Covid dentro da própria CBF. Até o fim do mês passado, alguns presidentes de federação testaram positivo.

Nesta segunda condenação de Rogério Caboclo, o relato de Fernando França, diretor de TI, dá conta de que o dirigente queria ter acesso a e-mails de funcionários e cartolas ligados à CBF. Diante da negativa, o Caboclo teria ofendido o diretor.

Quando saiu a segunda condenação, Caboclo emitiu nota dizendo que “não cometeu assédio moral contra quem quer que seja”. O dirigente acrescentou que “as peças do processo são claras em demonstrar que não há provas das acusações parcas, superficiais e plantadas feitas pelo diretor em questão da confederação”.

Ele chegou a afirmar na ocasião que “a nova punição sugerida pela comissão é mais uma peça do teatro armado dentro da confederação para retirar do cargo um presidente legitimamente eleito”.

Fonte: Folhapress

 

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