Após prisão do prefeito do PI, justiça manda Câmara de Vereadores empossar o vice
O vice-prefeito de Bertolínia, Geraldo Fonseca Correia, aguarda o presidente da Câmara Municipal de Vereadores cumprir a determinação para que seja empossado na prefeitura da cidade após a prisão do prefeito Luciano Fonseca (PT) durante a operação ‘Bacuri’, do Grupo de Atuação Especial de Repreensão ao Crime Organizado (GAECO). As informações são do portal Cidade Luz.
A gestão de Luciano Fonseca (PT) estava tão bagunçada que até a energia do prédio da prefeitura, a Equatorial cortou por falta de pagamento. O promotor responsável pelas investigações determinou o afastamento imediato do prefeito Luciano Fonseca de Sousa de suas funções. O Presidente da Câmara Municipal da cidade foi notificado para dar posse ao vice-prefeito.
Sobre o caso
O prefeito Luciano Fonseca (PT), do município de Bertolínia, Sul do Piauí, e familiares, foram presos na manhã desta terça-feira (03/12) durante a operação ‘Bacuri’, do Grupo de Atuação Especial de Repreensão ao Crime Organizado (GAECO).
MATÉRIA RELACIONADA
Foi dado cumprimento a mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Piauí, além de busca e apreensão nos municípios de Bertolínia, Sebastião Leal e Teresina.
Além do prefeito Luciano Fonseca, que foi alvo de um mandado de prisão preventiva, são alvos de mandados de prisão temporária:
- Ringlasia Lino Pereira dos Santos (esposa do prefeito);
- Eliane Maria Alves da Fonseca (mãe do prefeito);
- Richel Sousa e Silva (primo do prefeito);
- Aluízio José de Sousa (pai do prefeito);
- Max Weslen Veloso de Moraes Pires (procurador do município);
- Rodrigo de Sousa Pereira (assessor especial do prefeito);
- Ronaldo Almeida da Fonseca (comissionado);
- Kairon Tácio Rodrigues Veloso (primo do procurador do município).
Confira a participação de cada um
Luciano Fonseca – prefeito
É apontado como líder da organização criminosa. O prefeito petista está no seu segundo mandato e nomeou os parentes mais próximos para cargos na prefeitura para que pudesse realizar os esquemas de desvio de dinheiro público. O gestor já responde ações na justiça por uma série de irregularidades praticadas no mandato.
Ringlasia Lino Pereira dos Santos – primeira-dama
A esposa do prefeito já ocupou algumas secretarias da administração municipal durante os quase sete anos de mandato do prefeito. Com livre acesso às contas do município, teria recebidos valores altos em sua conta como parte do esquema de desvio de verbas.
Eliane Maria Alves da Fonseca – mãe do prefeito
Atual secretária de Saúde da cidade, movimentou mais de R$ 5 milhões na sua conta desde 2013, quando seu filho assumiu a cidade. Ela também está envolvida no desvio de uma ambulância para pagar uma dívida de outro filho.
Aluízio José de Sousa – pai do prefeito
Dono de uma farmácia da cidade de Bertolínia, o pai do prefeito recebeu valores vultuosos em contas que foram enviados por empresas de outros envolvidos no esquema.
Richel Sousa e Silva – primo do prefeito
Contratado pela prefeitura para serviços de consultoria e assessoria jurídica, ele recebeu mais de R$ 200 mil. Ele movimentou mais de R$ 7 milhões em suas contas desde que seu primo assumiu o comando da cidade e é sócio de uma das empresas que fazem parte do esquema de desvio de recursos.
Ex-prefeito envolvido
Entre os mandados de busca e apreensão estão os endereços do ex-prefeito de Sebastião Leal, José Jeconias, e de empresas envolvidas no esquema de desvio de dinheiro público por meio de empresas fantasmas, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e entrega de uma ambulância do município em pagamento de dívida pessoal do prefeito de Bertolínia.
Desvios aos cofres públicos
A Justiça decretou ainda o sequestro e indisponibilidade dos bens móveis e imóveis dos investigados no valor correspondente à comprovação do desvio aos cofres públicos do município de Bertolínia, no valor de R$ 3.296.323,81.
Suspensão do mandato
Foi determinada ainda a imediata suspensão do exercício da função pública do prefeito de Bertolínia, Luciano Fonseca. A execução dos mandados contou com o apoio da Polícia Civil, incluindo a Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR), Polícia Militar, Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE) e PRF.
Fonte: 180graus